“Zé Pelintra, você não morreu, virou fumaça e desapareceu.” Essa frase enquadra a essência dos malandros. Seu Zé não é limitado pelo plano físico, ele transcende, como uma fumaça que se espalha e permeia todos os aspectos da vida. Sua presença pode ser sentida em cada esquina, em cada roda de samba, nas batidas do coração, e em cada oração que clama por ajuda.
Ele nos ensina a navegar pelos desafios com leveza, sempre encontrando uma forma de virar o jogo a nosso favor. Entre as lendas do Catimbó, as macumbas cariocas nas umbandas e o espírito das encantarias, emerge Zé Pelintra, o malandro que não morreu. Ele não é apenas um arquétipo da malandragem, mas um guardião das mirongas da ancestralidade, um mestre na arte de encantar a vida.
Seu Zé Pelintra no Catimbó ele é chamado de doutor…
No coração do norte e nordeste brasileiro, o Catimbó, ou a Jurema, nos traz as suas encantarias. Ou seja, como sua fumaçadas e rezos, cria-se um mosaico de ritos, histórias e práticas espirituais que celebram a vida e a natureza. Zé Pelintra, como um bom é um mestre dessas artes, utilizando as mirongas – pequenos feitiços e encantamentos – para trazer luz e orientação aos que precisam.
As mirongas de Zé Pelintra são pequenas façanhas da magia cotidiana, que sempre passam despercebida aos olhos. Como o próprio diz “malandro faz a curva aberta pois não se sabe o que vai estar esperando no final dela”. Ele aproveita a sabedoria ancestral para resolver as crises do dia a dia, seja uma erva curativa ou um conselho sábio. Essas práticas simples carregam o poder de transformar vidas. Zé Pelintra nos mostra que a verdadeira magia está nas pequenas coisas: um gesto gentil, uma palavra de conforto, um abraço amigo e uma boa risada e bom humor.
“Malandro mesmo é só você seu Zé!”
Seu Zé Pelintra sempre nos alerta que o verdadeiro malandro é aquele que segue o caminho reto, equilibrado e virtuoso. Quando tentamos enganar o outro estamos enganando a nós mesmos. Então, a maior ferramenta para se transformar é ver oportunidades onde parecem existir apenas obstáculos, pois em todo beco sem saída existe uma passagem secreta. O maior ato da malandragem é aproveitar a noite escura da alma para ser sua maior professora e a transforma-la na sua maior e mais inesquecível noite de boemia.
Como se conectar com seu Zé Pelintra
Se conectar com o amigo e mestre Zé Pelintra é muito fácil do que se pensa. Primeiramente, utilize uma vela branca ou bicolor branca e vermelha – da cor do seu terno. Em seguida, coloque um cigarro de filtro branco e bafore três vezes na vela, assim como os velhos pajés. Deixe que a fumaça leve embora e suma com todo o peso do mundo.
Então, coloque um copo de cerveja ou cachaça, cante um trecho de um ponto ou de um velho samba, e peça com fé. Converse com o amigo Zé Pelintra, peça com sabedoria seus conselhos e ajuda. Por fim, coloque um copo de água, pois ela é quem nos nutre e purifica, só não se esqueça de pedir com fé.
“Adeus madrugada querida…”
Me despeço hoje com as palavras ditas todo final de gira do grande mestre e amigo Zé Pelintra: “Vou partir com vontade de ficar, a vida é assim uma hora a gente chega na outra vai embora, toda noite amanhece e toda boemia tem um fim, levo todos vocês no meu coração, e ansioso para nossos próximo encontro, até lá que seus caminhos sejam serenos eu que nunca lhes falte o chão nem os pés e que nosso senhor do Bonfim os guarde na palma de suas mãos.”
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